sábado, 31 de março de 2018

Carnaval 2018 - ascensão e queda de um lifestyle

Que tiro foi esse? Que tiro foi esse que tá um arraso. (Jojo Todynho)



O Carnaval de 2018 foi o ápice de um estilo de vida que se estabeleceu em 2016, meio que coincidentemente com o início do blog .  Esse "lifestyle" foi descrito bem objetivamente num dos textos da trilogia carnavalesca de 2017. 


Esse ano a coisa foi ainda mais potente. Nunca beijei tanto na boca, beijei intensamente, incansavelmente, fluidamente, descaradamente, libertinamente - e muitos outros "mentes"... Beijei como se não houvesse amanhã.


Os blocos foram de certa forma como eu imaginava, beijei muita gente interessante, abordei, fui abordado (por meninas inclusive hehehe, e não nego beijo pra ninguém!!!). Reencontrei algumas pessoas que estiveram presentes na minha vida... Paulo e André foram os principais. 

Eu já tinha visto o André no ano novo... nos cumprimentamos cordial e friamente... já não sinto nada próximo ao que senti por ele ano passado... fica só uma pontinha de um mix de raiva e tristeza... mas totalmente administrável. E olhando hoje, tive muitos banquetes após o André que nem justificariam maiores sentimentos. 

Paulo continua super fofo, um sorriso de derrubar quarteirão. Num dos blocos ele veio como quem não quer nada, tinha tomado uma bala e me beijou... eu retribuí, foi gostoso, mas o bom é que eu já estava blindado e não fiquei mal com isso. Beijei outros na frente dele sem nenhuma cerimônia. O fato de não tê-lo visto desde novembro ajudou bastante e esta história está devidamente superada (e quanto mais ela ficar guardadinha, melhor). 

Os blocos foram muito satisfatórios. Com um pouco de cerveja já conseguia relaxar e tinha muita gente aberta a interagir, que é o cenário que mais gosto. Blocos alegres e com muita, mas muita pegação. Não me lembro de um carnaval tão da pegação como o deste ano, inclusive porque nós saímos do Reveillon direto pro Carnaval, pelo curto período entre um feriado e o outro. Aqui mesmo em São Paulo, teve bloco e baile todos os finais de semana, o feriado da cidade (25-01) emendou de quinta a domingo e foi excesso atrás de excesso.

E o estandarte de ouro foi para um carioca, Rafael, com quem fiquei num dos bailes. Moreno, chaveirinho, sorrisão, bocão... passei por ele no meio daquela multidão e joguei um olhar de responsa. Ele correspondeu e eu voltei. Ficamos um tempinho mas eu notei que ele não tava muito a fim de ficar grudadinho ali... saí e fui aprontar em outro canto. 

Mais pro fim do baile reencontrei e aí a coisa rolou com mais intensidade. Eu dei uma intimada de leve nele: "porra, abre esse coração!". Funcionou, pelo menos por aqueles minutos em que ficamos. Dançamos abraçadinhos e até cantei no ouvido dele uma música do Claudinho & Buchecha que eu adoro hahaha (Nosso Sonho). Ele dançou funk pra mim, uma ginga, um rebolado, aquela descida 'até o chão'... a minha porção 'gringo' foi à loucura. Típico menino do Rio!  


Na terça tivemos a pool party... eu não devia ter ido, já estava muito cansado, mas como já tinha me comprometido com meus amigos, acabei indo. Tomei MD e, definitivamente, não me fez  bem, me deixa muito de bad depois... Ao contrário da pool do Reveillon, essa não teve aquela alegria contagiante, choveu e mesmo tendo beijado uns caras interessantes, não saí de lá bem. 

 
                                                                     sim... o meu! :( 

E foi na bad total que embarquei na quarta de volta pra SP e fiquei meio fora de órbita até sexta feira. Esse excesso de beijos e a fricção com a minha barba acabaram me gerando uma alergia perto do queixo (uma espécie de dermatite) e não é algo bacana de se ver, fora que coça pra caramba. Isso me derrubou um pouco o moral.  

Escrevendo hoje, já com um pouco de distanciamento e estando em outro estado de espírito, eu acho que o sentido de continuar a relatar e detalhar essas histórias continua passando pelo exercício da minha liberdade mas também pra evidenciar a capacidade que temos de escolher nossos caminhos e tomar nossas próprias decisões. 

Eu escolhi viver uma vida bem maluca e intensa nesses últimos anos, meio libertina... valeu muito a pena, passei por transformações bem interessantes, me diverti muito, me conheci mais, trabalhei algumas encanações quanto ao meu corpo, conheci gente muita interessante... mas... acho (e digo com todas as ressalvas que um "acho" pode trazer) que talvez, tenha dado pra mim. 

Pra 2018 acho que estou num outro humor, um outro espírito, que parece estar um pouco cansado disso tudo e que quer conhecer coisas novas (coisas que talvez eu nem quisesse entrar em contato antes). Já havia esse desejo sendo gestado, tinha escrito isso em outros textos. Acho que chegou a hora. Relações menos efêmeras, mais duradouras e profundas. Algo que dure mais do que aqueles 5 minutos de paixão avassaladora (quando então já é hora de passar para a próxima, num ritmo de certa forma compulsivo e frenético). 

Quero deixar muito claro que isso aqui não é papo de convertido que, de uma hora pra outra, muda da água pro vinho e renega o passado. Parece mais ser uma mudança de rota... ou uma mudança de hábito; fazer algumas coisas que bem menos frequência. 

O tempo vai passando e tenho percebido que falta pra mim, nos dias de hoje, um projeto de vida pro futuro. Já conquistei muita coisa, mas é fato que, também por isso, alguns ciclos se completaram e eu ainda não sei exatamente o que virá pela frente, há um certo vazio que ainda não foi preenchido e que cabe a mim preencher, de alguma maneira. 

to be continued... [no próximo texto]

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